Por Luiz Aryeh e Tziona
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Arthur Schopenhauer é conhecido como o filósofo do pessimismo, uma voz que ecoa sobre os ciclos de sofrimento inerentes à existência humana. Para ele, a vida é movida pela vontade, uma força irracional que gera desejos incessantes e, com eles, a insatisfação e o sofrimento. Sua proposta? Transcender esses ciclos por meio da renúncia à vontade, buscando uma libertação individual do fardo da existência.
Ao lado dessa visão introspectiva e sombria, o Oceano Dourado apresenta uma abordagem transformadora e expansiva. Em vez de renunciar à vontade, propomos integrá-la e direcioná-la, alinhando-a com energias universais e ciclos dinâmicos de manifestação. Nossa visão vê os desafios da vida não como fardos a serem evitados, mas como oportunidades para crescimento, alinhamento espiritual e impacto coletivo.
Neste artigo, exploraremos as convergências e divergências entre Schopenhauer e o Oceano Dourado, revelando como ambos oferecem caminhos distintos para compreender e transformar a existência.
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Schopenhauer: A Filosofia do Pessimismo

1. A Vontade como Fonte de Sofrimento:
Para Schopenhauer, a vontade é a essência do mundo e também sua maior maldição. É a força cega que impulsiona todos os seres, gerando desejos que nunca são plenamente satisfeitos. Quando alcançamos um objetivo, logo surgem novos desejos, perpetuando o ciclo de insatisfação e sofrimento.
2. Ciclos de Desejo e Dor:
A vida, segundo ele, é uma luta interminável. Desejamos, sofremos, e mesmo na ausência do desejo, experimentamos o tédio, que é outra forma de sofrimento.
3. Libertação pela Renúncia:
A única maneira de escapar desse ciclo é renunciar à vontade. Schopenhauer sugere que a contemplação estética e a negação dos desejos são caminhos para alcançar um estado de paz e libertação.
4. Pessimismo Existencial:
Schopenhauer sustenta que a vida é inerentemente dolorosa e que o melhor que podemos fazer é minimizar nosso sofrimento.
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Oceano Dourado: Uma Visão Transformadora
1. A Vontade como Energia Criadora:
Diferentemente de Schopenhauer, o Oceano Dourado vê a vontade como uma força criativa que pode ser alinhada e transformada. Quando conectada ao propósito maior e às energias superiores, ela se torna um veículo para manifestar harmonia e abundância.
2. Ciclos como Oportunidades:
Reconhecemos os ciclos de desejo e desafios da vida, mas os enxergamos como dinâmicas de crescimento. Cada ciclo é uma chance de alinhamento com o Consciente Coletivo e a Grande Roda Cósmica, permitindo a ressonância com o universo.
3. Manifestação e Ressonância:
Em vez de renunciar, o Oceano Dourado propõe que nos tornemos cocriadores da realidade, usando a vontade para manifestar equilíbrio, prosperidade e impacto coletivo.
4. Otimismo Transformador:
Nossa abordagem é otimista. Acreditamos que, ao integrar mente, corpo, espírito e cosmos, podemos transformar o sofrimento em energia criativa e promover harmonia universal.
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Convergências: Reconhecendo os Ciclos
1. Ciclos de Desejo:
Tanto Schopenhauer quanto o Oceano Dourado reconhecem que a vida é composta por ciclos de desejo e desafios.
2. Busca pela Transcendência:
Ambos oferecem caminhos para superar a insatisfação e encontrar um estado superior de existência.
3. Reconhecimento do Estético:
Schopenhauer valoriza a arte, especialmente a música, como um meio de transcender temporariamente o sofrimento. O Oceano Dourado também reconhece a estética, mas a utiliza como parte de um sistema mais amplo de manifestação e alinhamento energético.
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Divergências: Renúncia vs. Transformação
1. A Vontade como Problema ou Solução:
Para Schopenhauer, a vontade é a raiz do sofrimento e deve ser negada. No Oceano Dourado, a vontade é uma energia que, quando direcionada, se torna uma força criativa para transformar a realidade.
2. O Papel do Indivíduo:
Schopenhauer concentra-se na libertação individual, sem considerar o impacto coletivo. O Oceano Dourado expande o foco para incluir o impacto das ações individuais no Consciente Coletivo e no cosmos.
3. Pessimismo vs. Otimismo:
Schopenhauer adota uma visão pessimista da existência. O Oceano Dourado, ao contrário, é uma filosofia otimista, que enxerga os desafios como oportunidades de evolução.
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Conclusão: Da Renúncia à Manifestação
Schopenhauer nos ensina a reconhecer os ciclos de desejo e sofrimento que permeiam a vida, propondo a renúncia como um caminho para a paz. O Oceano Dourado, por outro lado, convida à transformação: um modelo onde a vontade é alinhada às energias superiores e cada ciclo se torna uma oportunidade de crescimento, conexão e impacto coletivo.
Se Schopenhauer é um guia para entender a dor da existência, o Oceano Dourado é uma chave para transcendê-la, transformando sofrimento em ressonância universal. Ambas as visões oferecem valiosas reflexões – uma sobre os limites da vontade e outra sobre seu potencial ilimitado.
Por Luiz Aryeh e Tziona